Por que viajar para Mazagão é descobrir a cidade mais singular do Amapá
Conheça uma cidade de tradição berbere, festas únicas e povo acolhedor no interior do estado
Se você está pensando em viajar para Mazagão, prepare-se para se surpreender.
Muito além de ser um município no sul do Amapá, Mazagão é um segredo histórico e cultural escondido na Amazônia, onde o som do tambor do Festival de São Lázaro ecoa nas ruas, o cheiro de cuscuz marroquino sai dos fogões caseiros e o povo recebe com um sorriso largo e um “seja bem-vindo, meu bem!”
Mas não é só curiosidade.
É identidade.
É caminhar pelas ruas de terra batida de Mazagão Velho, visitar a Igreja de São Lázaro, ou se emocionar com o pôr do sol no Rio Mazagão, com o silêncio da mata ao fundo.
Além disso, viajar para Mazagão é escolher um destino que poucos turistas conhecem, mas que tem muito a oferecer:
- A única comunidade no Brasil com origem berbere marroquina
- Um dos festivais religiosos mais únicos do país, com toques africanos, islâmicos e católicos
- Gastronomia singular, com mistura de sabores africanos e amazônicos
Falo por vivência.
Passei temporadas aqui, entre festas de São Lázaro, almoços em casas de família e conversas com descendentes dos mouros de Mazagão.
E mesmo depois de conhecer outras cidades históricas, nenhuma tem esse peso: é cultura viva, resistente e autêntica.
Por isso, se você quer viajar para Mazagão com autenticidade,
saiba que não é só um passeio histórico.
É um ato de respeito à memória de um povo que atravessou o mundo para se refugiar aqui.
História e Identidade: Uma Cidade Nascida no Exílio Marroquino
Fundada em 1777, Mazagão começou quando cerca de 200 famílias de origem berbere, expulsas da cidade de El Jadida (antiga Mazagão), no Marrocos, foram acolhidas pelo governo português e trazidas para o Brasil.
Após viverem décadas na África, os “mouros de Mazagão” foram realocados na então colônia do Amapá, onde fundaram Mazagão Velho, preservando sua língua, religião (islã), mas adotando o catolicismo como forma de integração.
Por isso, hoje, é conhecida como a “Cidade Berbere do Brasil” — por sua origem única — e também como “Terra dos Mouros”, por manter viva uma cultura que atravessou o Atlântico.
A cidade tem marcos importantes:
- A Igreja de São Lázaro, coração do festival e símbolo da fusão cultural
- O Museu Etnográfico de Mazagão, com objetos, roupas e documentos dos primeiros habitantes
- O Cemitério de Mazagão Velho, com túmulos que contam séculos de história
E se você quer viajar para Mazagão com profundidade,
entender essa trajetória é essencial.
Onde Ficar: Comunidades com Autenticidade e Acesso ao Rio
Mazagão é segura em áreas turísticas e oferece opções simples, mas acolhedoras.
Bairro / Localidade | Ideal para | Vantagens |
---|---|---|
Mazagão Velho | História, cultura | Centro da tradição berbere, próximo à igreja |
Mazagão Novo | Modernidade, serviços | Bairros novos, infraestrutura básica |
Vila Nova | Famílias, tranquilidade | Área arborizada, perto de escolas e parques |
São Tomé | Local, autêntico | Vida real do mazagaense, comércio popular |
Loteamento Santa Luzia | Conforto, natureza | Perto do rio, áreas verdes |
Como não há hotéis 4 estrelas, recomenda-se hospedagem comunitária, pousadas familiares ou Airbnb com agendamento prévio.
E se você quer viajar para Mazagão com autenticidade,
priorize uma hospedagem em Mazagão Velho — e viva a cultura por dentro.
O Que Fazer: Passeios que Mostram a Alma da Cidade
História, cultura e tradição que pulsam no dia a dia
Mazagão é muito mais do que cidade de passagem.
A cidade tem um coração cultural e natural forte.
- Festival de São Lázaro (dezembro): com procissão, tambores, danças e fogos — mistura única de catolicismo e tradição berbere
- Visita ao Museu Etnográfico: com acervo sobre os mouros, roupas tradicionais e objetos históricos
- Caminhada por Mazagão Velho: com casas antigas, ruas de terra e arquitetura simples
- Passeio de voadeira pelo Rio Mazagão: ideal para ver a natureza e comunidades ribeirinhas
- Feira de Artesanato local: com peças em fibra, cerâmica e artigos com símbolos berberes
Mas atenção: evite andar com objetos de valor à noite em áreas isoladas.
O centro é seguro durante o dia, mas exige cuidado após as 20h.
E se você quer viajar para Mazagão com experiências reais,
não saia sem participar do Festival de São Lázaro ou visitar o Museu Etnográfico.
Cultura e gastronomia mestiça de raiz
- Festival de Inverno de Mazagão: em julho, com shows, gastronomia e cultura popular
- Feira de Artesanato no Centro | rendas, peças em barro, artigos com padrões berberes
- Casa da Cultura, Centro de Referência do Artesão e Memorial dos Mouros
A gastronomia é singular:
- Cuscuz marroquino com carne de sol
- Tapioca com queijo coalho e ovo
- Peixe frito com pirão
- Doce de leite, rapadura e caju
- Suco de cajá, seriguela e bacaba
E se você quer viajar para Mazagão com o paladar em alta,
vá a uma casa local e peça um cuscuz com carne de sol e vinho caseiro — é mazagaense de verdade.
Como Chegar e se Locomover
Meio de transporte | Detalhes |
---|---|
Aeroporto de Macapá (MCZ) | A 320 km. Recomenda-se alugar carro 4×4 ou transfer |
Rodoviária de Macapá | Linhas intermunicipais até Laranjal do Jari, depois van até Mazagão |
Carro próprio | BR-156 + estradas de terra. Veículo 4×4 é essencial em alguns trechos |
Transporte local | Vans comunitárias e mototáxis. Uber não funciona |
Além disso, o acesso é mais fácil em época de seca.
Recomenda-se contratar guia local para passeios e deslocamentos.
Se você vai viajar para Mazagão pela primeira vez,
recomendo vir de avião até Macapá e depois alugar 4×4 ou contratar agência — a estrada exige preparo.
Municípios Vizinhos: Conheça o Entorno da Cidade
Mazagão faz fronteira com:
Município | Distância | Atrações |
---|---|---|
Laranjal do Jari (AP) | 80 km | Interior, tranquilidade, acesso ao Rio Jari |
Loreto (Guiana Francesa) | 100 km (por rio) | Fronteira, natureza preservada |
Oiapoque (AP) | 200 km | Extremo norte do Brasil, Parque do Cabo Orange |
São Francisco do Guaporé (RO) | 250 km | Área remota, ecoturismo |
Por isso, combine um bate-volta a Laranjal do Jari ou um roteiro ao Rio Jari.
E se você quer viajar para Mazagão e estender a viagem,
esses destinos são perfeitos.
Referência Oficial: Informações Confiáveis para Sua Viagem
Para planejar com segurança, recomendo o site do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), órgão oficial com dados atualizados sobre destinos, eventos e segurança.
Conclusão: Viajar para Mazagão é encontrar o Brasil com alma
Fazer uma viagem para Mazagão não é apenas conhecer um lugar.
É se reconectar com a história de um povo que atravessou oceanos, se adaptou à selva e manteve viva sua identidade.
Por isso, se você busca uma viagem com autenticidade, sem glamour, mas com propósito,
viajar para Mazagão é a escolha certa.
Afim de viver um lugar onde o passado ainda respira nas ruas e o coração é acolhedor,
não espere mais.
Mazagão já está te esperando — com tambor, sabor e um sorriso de bem-vindo.
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📚 FAQ: Tudo sobre Viajar para Mazagão (para quem vai pela primeira vez)
Sim. Bairros como Mazagão Velho, Mazagão Novo e Vila Nova são seguros. Com bom senso, você circula tranquilo.
De maio a setembro: clima seco, ideal para passeios. Evite janeiro e abril (chuvas fortes).
Sim. Estradas de terra exigem veículo preparado, especialmente em dias de chuva.
Pousadas e Airbnbs: R$ 240–400. Não há hotéis 4 estrelas. Hospedagem comunitária: R$ 180–300.
Não. Mas tem áreas no Rio Mazagão ideais para banho na seca.
Roupas leves, repelente, protetor solar, calçado para trilha, documento e câmera.
Sim, em boa parte da cidade. Em áreas rurais, o sinal pode falhar.
Cuscuz com carne de sol, tapioca com queijo, peixe frito e doce de leite.
Claro. A comunidade é aberta ao turismo. Respeite a cultura local e evite tirar fotos sem permissão.
Com certeza. Faça um roteiro de 4 dias: Mazagão + Laranjal do Jari + São Francisco.